Resenhas

Princesa Adormecida – Paula Pimenta

Princesa Adormecida

Edição: 1
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501034205
Ano: 2014
Páginas: 192

Era uma vez uma princesa… Você já deve ter ouvido essa introdução algumas vezes, nas histórias que amava quando criança. Mas essa princesa sou eu. Quer dizer, é assim que eu fiquei conhecida. Só que minha vida não é nada romântica como são os contos de fada. Muito pelo contrário. Reinos distantes? Linhagem real? Sequestro? Uma bruxa vingativa? Para mim isso tudo só existia nos livros. Meu cotidiano era normal. Tá, quase normal. Vivia com meus (superprotetores) tios, era boa aluna, tinha grandes amigas. Até que de uma hora pra outra, tudo mudou. Imagina acordar um dia e descobrir que o mundo que você achava que era real, nada mais é do que um sonho. E se todas as pessoas que você conheceu na vida simplesmente fossem uma invenção e, ao despertar, percebesse que não sabe onde mora, que nunca viu quem está do seu lado, e, especialmente, que não tem a menor ideia de onde foi parar o amor da sua vida. Se alguma vez passar por isso, saiba que você não é a única. Eu não conheço a sua história, mas a minha é mais ou menos assim… 

proibido

Introdução

O meu contato de leitura dos textos da Paula Pimenta se deu num livro chamado O Livro das Princesas. Nele li o conto intitulado Cinderela Pop, a história da Dj Cintia que inclusive faz uma participação importante nesse livro.

Em Princesa Adormecida, Áurea é amaldiçoada por Malleville em seu batizado. Preocupados, a família a envia ao Brsil e ela é declarada como morta. Ela ganha um novo nome, Anna Rosa e mora com os tios. Anna Rosa estuda em um internato só para garotas e tem uma vida super vigiada pelos seus parentes. Um belo dia recebe um SMS de um desconhecido e passam a conversar por mensagens. A trama começa com esse plot. Anna sonha em encontrar o seu amor e ao mesmo tempo tenta obedecer aos seus tios.

Sobre Paula Pimenta

Paula Pimenta é uma escritora brasileira, conhecida principalmente por sua série de livros Fazendo meu filme. Iniciou o curso de Jornalismo mas formou-se em Publicidade pela PUC. Em seguida, foi morar em Londres, onde estudou escrita criativa. De volta ao Brasil, trabalhou em marketing e escreveu poemas,e depois suas crônicas .Seu primeiro livro, a coletânea de poemas Confissão, foi lançado em 2001, com edição bancada pelo seu pai . Mas o sucesso veio apenas em 2008, quando a divulgação boca-a-boca entre os fãs transformou o romance adolescente Fazendo meu filme num best-seller.

Narrativa

A narrativa é fluída e convincente. Durante a leitura é impossível não fazer comparações e observações, mas o livro é melhor aproveitado se você não fazer essas conexões e lê-lo despretensiosamente. Quando Anna Rosa começa a se relacionar com o desconhecido, é claro que o leitor fica em dúvida de quem está por trás dessas mensagens. A cada momento que vão ganhando mais intimidade, Anna deixa um pouco de lado o protocolo e começa a dar mais informações. A atitude dela denota a sua imaturidade diante da tecnologia como vem ocorrendo com várias garotas, que acabam lidando com desconhecido sem medir as causas e efeitos que podem surgir dessas atitudes. Tudo é bem plausível.

Anna não é uma personagem pelo qual morrerá de amores, mas é compreensível suas atitudes. Vivendo debaixo das asas dos tios, ela não é nenhum pouco corajosa. Pelo contrário, passa uma imaturidade e uma inocência fora de série.

Malleville é uma boa vilã. Ela se sustenta por muito tempo e em algumas situações chega a arrepiar.

O garoto desconhecido se mostra bastante fofo e compreensivo durante toda trama. Inevitavelmente a leitora se apaixona. Não é muito diferente com Anna.

A importância de Cintia (Cinderela) é grande, pois ela torna um elo da história mais forte. Mas, não posso dizer em qual momento ela faz parte, pois contaria um dos spoilers principais da trama. Mas é bom ver essa personagem de novo. Pois já havia gostado dela anteriormente, revê-la foi uma alegria. Além de saber um pouquinho mais sobre o rumo após a sua história.

A narrativa é toda fechadinha, tem vários links que tecem a trama. Alguns podem até serem mais forçados, mas fazem sentido como um todo.

Diagramação

A capa do livro está um charme a parte. O livro conta com notícias de jornais e mensagens de textos trocadas pela personagem. Cada momento em que eram inseridos, tem uma diagramação que denota o que estamos lendo. Assim a narrativa, ganha mais uma característica interessante e dinâmica.

Considerações Finais

O livro possui um publico alvo bem diferente do meu (assumo!). Porém, gostei muito da originalidade e repaginada que ela deu em um dos meus meus clássicos favoritos quando era pequena. Princesa Adormecida é um livro leve, divertido e cheio de surpresas (algumas bem fáceis de associar). Continuo sonhando um dia poder ler as séries da autora, como Fazendo Meu Filme e Minha Vida Fora de Série.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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1 Comentário

  1. […] Fui conhecendo o trabalho dela aos pouquinhos, comecei lendo O Livro das Princesas, onde justamente, Cíntia é a protagonista do conto. Esse livro, que resenharei hoje pra vocês, funciona como uma versão estendida do conto. Ou seja, o conto deu origem a essa obra. E como já publiquei, esse livro faz parte da série de Princesas Modernas, que começa com Princesa Adormecida. […]

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