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A pérola que rompeu a concha – Nadia Hashimi

A Pérola Que Rompeu a Concha

ISBN-13: 9788580417548
ISBN-10: 8580417546
Ano: 2017 / Páginas: 448
Idioma: português
Editora: Arqueiro


Introdução

Em A pérola que rompeu a concha, Rahima é uma garota que vem ve uma grande família, são 5 irmãs. O pai é viciado em ópio e a mãe não tem voz em casa. Para ajudar a mãe, a tia de Rahima tem a ideia de adotar um antigo costume afegão (Bacha Posh) e a Rahima se tranforma em um menino até atingir a puberdade, momento em que ela precisa arranjar um marido. Tudo vai bem, até que Rahima é forçada a se casar com um homem muito mais velho e perigoso aos 13 anos de idade, a partir daí, a vida da garota começa a mudar. Rahima não é a primeira da família a adotar esse costume, também conhecemos Shekiba, a trisavó de Rahmia. Uma história com duas mulheres que tiveram coragem de buscar seus sonhos em meio aos costumes e desafios que suas vidas lhe proporcionaram.

Sobre Nadia Hashimi

Foto -Nadia Hashimi

Nascida em Nova York, nos Estados Unidos, seus pais deixaram o Afeganistão nos anos 70, antes da invasão soviética, mas ela cresceu cercada por uma família numerosa, que manteve a cultura afegã como parte importante do cotidiano. Em 2002, visitou o Afeganistão pela primeira vez com os pais, e o passado e o interesse pela cultura e pela realidade das mulheres afegãs a motivaram a escrever histórias ligadas ao país. Nadia é pediatra e mora nos arredores de Washington com o marido, dois peixinhos dourados e um papagaio-cinzento.

Edições estrangeiras

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Narrativa

 “Às vezes as mulheres são humilhadas demais, chutadas demais e não há saída para elas(…)”

O tema que permeia a narrativa, sem dúvida é o preconceito e a pouca representatividade da mulher na cultura afegã. Infelizmente, o preconceito e a falta de voz é constante e acredito que isso não mudou ao longo dos tempos, não me espantaria. A narrativa me fez pensar em quantas Shekibas e Rahimas podem existir por aí.

A trama é alternada entre Shekib(Shekiba) e Rahim(Rahima), e isso torna a leitura muito mais rica, ambos os tempos são envolventes o suficiente e essa teia é preechida de forma gradual e envolvente. São momentos difícies, se tem um sentimento que permeou durante a trama foi angústia. Torcemos por um final feliz e o fim de todas as humilhações. Shekiba tornou-se uma inspiração a Rahima, o título se apoia justamente nisso. Em dar um basta numa rotina que só fazia mal. Ambas são cativantes, e a escrita é de uma sensibilidade fora do comum. O conhecimento dos costumes é notório e se justifica pelo fato da autora ser afegã e ter sido criada nessa cultura tão distante da nossa.

Projeto gráfico

O projeto está impecável, muito bem diagramado embora seja simples. O universo de Rahima está bem incorporado nas páginas.

Considerações finais

A pérola que rompeu a concha, é um presente e um convite a entrar em uma trama e os costumes afegãos. Foram poucas experiências que tive anteriormente e entrar um pouquinho mais nesse universo foi uma experiência difícil e ao mesmo tempo enriquecedora.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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