Resenhas

O Teorema Katherine – John Green

O Teorema Katherine – John Green 

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Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573152
Ano: 2013
Páginas: 304
Tradutor: Renata Pettengill

Após seu mais recente e traumático pé na bunda – o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine – Colin Singleton resolve cair na estrada. Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
proibido

Introdução

Ano passado, muitas pessoas tiveram a oportunidade de ler A Culpa é das Estrelas, inclusive eu. Em março deste ano, a Intrínseca trouxe mais um livro do autor para o Brasil. Felizmente um livro muito bacana e bastante divertido.

Narrativa

A narrativa de Green é bastante diversificada. É engraçado como os dois livros que li é difícil estabelecer um “padrão” mesmo que não representem a mesma temática.

Nessa nova trama, temos o personagem Colin, um garoto inteligente, esforçado e bastante egocêntrico. Ele após levar o último “pé na bunda” de sua Katherine XIX, sai em uma aventura com o seu fiel amigo Hassan. Desde criança sempre esperou o seu momento “Eureca” e finalmente cria um teorema que me de os relacionamentos tanto por quanto tempo ficarão juntos quanto por quem vai terminar. É um teorema meio complexo que felizmente é bem explicado no final do livro por um matemático.

Adoro como Green cria palavras novas ou dá significados novos a elas. Em A Culpa é das Estrelas temos a palavra OKAY. Em Teorema temos a palavra FUG/FUGGING. O significado das duas jamais contarei (muahaha).

Colin fala várias línguas e além de ter um interesse por aprender Sânscrito existem várias palavras em outras línguas durante a leitura. Ele é um personagem que aos poucos cativa. Embora com seu jeito totalmente diferente e nerd. Porém, Hassan, seu amigo, acaba roubando a atenção pelo jeito brincalhão, descontraído e divertido.

Anagramas para Colin é um passatempo divertido. Combinações diferentes e algumas até bem engraçadas. Esse livro contém bastante anagramas, começa com um escrito pelo autor em dedicatória a sua esposa.

Outro ponto que não posso deixar de ressaltar, são as notas de rodapé. Sei que muita gente não se atém a elas durante a leitura. Mas algumas são tão engraçadas. Tão bem feitas. Não tem como não se encantar. Ou seja, prestem atenção.

O livro não só se atém ao teorema e as descobertas na viagem. É um livro sobre a amizade de dois garotos totalmente diferentes e de criações e credos diferentes em busca de seus sonhos. A viagem que fazem promove uma série de descobertas para os personagens.

Diagramação

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O livro é super bem elaborado. A capa embora seja simples, tem a sutileza da narrativa. Os desenhos fazem parte de toda a trama, possuem até uma sequência lógica pra isso. Ou seja, cara desenho tem um significado. Acaba sendo um resumo da obra.

Quotes favoritos

Gostei tanto das notas de rodapé que acabei colocando uma como favorita.

“Como um macaco sabido, Collin possuía um vocabulário extenso, mas pouco conhecimento gramatical. Além disso, não sabia pronunciar direito a palavra “mortos”. Você deve perdoá-lo. Ele tinha 2 anos.” – 26

E o quote da conversa de Hassan e Colin

“Hassan balançou a cabeça.
– Cara, você é tão nerd…E isso está sendo dito por um fã obeso de Jornada nas Estrelas que tirou nota máxima em Matemática 1. Só para você ter ideia de como seu caso é grave. – 148

Considerações Finais

É um livro extremamente divertido e bem humorado. Quem espera algo despretensioso e bem feito, sairá satisfeito. John Green é uma grande descoberta. Não é a toa que ganhou tantos fãs. Um jeito irreverente de propor algo criativo, simples e bonito.

A Intrínseca divulgou um app no qual podem criar o seu próprio gráfico. Eu criei o meu:

teoremakatherine

If the graph looks more like a frown (goes up then down), then partner 1 will be the dumper.
If the graph looks more like a smile (goes down then up), then partner 2 will be the dumper.
The formula also argues that the steeper the curve, the shorter the relationship in question will be.
Crie o seu também o/ – Monte o seu gráfico 

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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1 Comentário

  1. Ótima resenha! Nunca li nada do John Green e gostaria de começar pelo tão falado A Culpa é das Estrelas. Mas como já tenho O Teorema na minha fila de leitura, começarei por ele mesmo. Já li que ele não é o melhor trabalho do autor e que seus livros anteriores se destacam bem mais; então, encararei a leitura bem nesse clima, de algo despretensioso e sem aquele monte de expectativas que a gente geralmente coloca nos autores tão famosos.
    Bj,
    Livro Lab

  2. Adorei a resenha! Adorei ACEDE e estou ansiosa por esse novo livro do John Green. Obrigada por me deixar mais ansiosa kkk
    Quero saber o significado de FUG/FUGGING
    Amei as quotes.
    Beijos.
    http://vidadaleitora.blogspot.com.br/

  3. Oi Amy,
    Eu sou louco pelo Green. A escrita e os personagens dele são muito perfeitos. O Teorema é um dos livros que estão na minha listinha, mas primeiro, preciso diminuir minha pilha.
    Beijos.

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