Resenhas

Faça Boa Arte – Neil Gaiman

Faça Boa Arte

Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580574999
Ano: 2014
Páginas: 80

Façam boa arte. Esse foi um pedido sincero de ninguém menos que Neil Gaiman quando discursou para a turma de 2012 da University of the Arts na Filadélfia. Um discurso autêntico e repleto de significado – durante os 19 minutos em que falou, dois dos mais emblemáticos conselhos de Gaiman foram “criem suas próprias regras” e “cometam erros”. Os conceitos libertadores defendidos para os alunos deram origem ao livro.

proibido

Gaiman teve a colaboração crucial do renomado designer gráfico Chip Kidd. A dupla abusa dos recursos gráficos e da metalinguagem para expressar o poder da criatividade. Gaiman alega que em qualquer área artística e de criação mesmo os erros que cometemos têm um grande potencial: com sensibilidade e muito trabalho, podem se transformar em brilhantes insights. Em relato pessoal, ele explica que certa vez, escrevendo Caroline em uma carta, inverteu de lugar o A e o O, e logo percebeu que Coraline parecia um nome de verdade. Um erro banal que, nas mãos do autor, tornou-se um fantástico acerto. Coraline é o título de um conto de fadas às avessas, publicado por Gaiman em 2002 e, mais tarde, adaptado para os cinemas. Uma história que conquistou milhares de novos admiradores para o trabalho do já aclamado autor.

Introdução

O livro foi originado de um discurso que Neil Gaiman fez em uma formatura da University of the Arts da Filadélfia em 2012. O discurso foi tão bom e tão acaclamado que se tornou um livro que recentemente foi publicado no Brasil pela Intrínseca.

Antes de começar a resenha, acho plausível deixar vocês assistirem o discurso:

Narrativa

“Entrão criem suas próprias regras.”

Diferentemente dos livros que costumo resenhar aqui para o blog. O livro é um discurso que foi feito por Neil em 2012, o livro aborda como todo novo profissional de artes deve encarar seus novos desafios. Inicialmente ele fala um pouco sobre si e como foi aprendendo e errado ao longo de sua carreira. Após algum tempo, o texto vai ganhando um corpo diferente e infinitamente profundo e estimulante. O permitir-se errar e explorar caminhos novos é bastante motivador e confesso que após o discurso, fiquei mais fã do autor. Ele trabalha com verdades bastante próximas do que faço no meu cotidiano. Tive uma infância bastante tímida e aos poucos fui me permitindo perguntar, errar e aprender com essas dúvidas e erros. A vida é o agora, não o amanhã. Se você quer levar adiante seus projetos, precisa trabalhar e se divertir ao mesmo tempo. Existe momento para tudo, mas quando se está num mundo em constante movimento e com tremenda falta de padrões e modelos, é possível criar coisas fantásticas e muito interessantes.

Diagramação

edição inglesa

A diagramação do livro é uma arte à parte. Feita por Chip Kidd, um renomado designer gráfico/escritor. O trabalho ficou bastante moderno e diferente, enfático nas palavras e de certa forma dá um complemento bastante interessante ao discurso. Ela foi mantida da mesma forma e acredito que foi bem sucedida. Pois complementa todo o discurso de um jeito bastante “fora da caixa”.

edição brasileira

Considerações Finais

O livro trabalha a metalinguagem e um discurso que realmente motiva as mentes pensantes a trabalhar sem medo de cometer erros. Pois só se comete erros quando se tenta, se não os faz, não consegue produzir. Ou seja leitores, façam boa arte. Permitam-se experimentar o novo e criar sem medo de achar que está certo ou errado. Não existe certo e errado quando se cria, apenas deixe fluir.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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