Resenhas

Blasfêmia – Pathy dos Reis e Maria C. Passos

Blasfêmia


ISBN-13: 9788577345816
ISBN-10: 8577345815
Ano: 2015 / Páginas: 272
Idioma: português
Editora: LeYa
 

Introdução

Em Blasfêmia, Claire é convidada por um amigo de infância a trabalhar num pequeno jornal de sua cidade natal que não mora lá há 12 anos, Salina. Recém-divorciada e sem emprego, ela aceita a oferta. Quando ela está indo para a cidade, ouve no rádio uma notícia que a faz lembrar do passado e do assassinato do seu irmão. Um menino de 17 anos foi encontrado morto na pequena cidade. Ela irá procurar respostas do passado e mergulha com tudo numa investigação e terá que conviver com traumas do seu passado e lidar com ameaças por sua decisão.

Tive a oportunidade de conhecê-las na Bienal do Rio desse ano, lá puderam falar como foi o desenvolvimento da história, o processo de escrita e como chegaram a Leya. Levei o livro pra casa e fui lendo enquanto estava voltando para São Paulo.

Essa resenha foi reescrita algumas vezes, peço desculpas antecipadamente. Mas tive um final de semestre mais do que estressante e acabei me perdendo em meio a tantos livros. Sim, acabei lendo mais do que escrevendo e tive de fazer algumas releituras de alguns livros nessa época.  

Sobre Pathy dos Reis e Maria Carolina PassosAutoras

Nasceram em Itajaí – SC, e se conhecem desde os tempos da escola. Maria Carolina sempre gostou de escrever era ótima aluna. Pathy sempre gostou de ler, mas não era uma aluna nota 10. Fizeram parte da equipe do Galo Frito, trabalharam juntas no programa Pathy que te pariu. Maria Carolina mora em Itajaí e Pathy, em São Paulo.

Confira o site oficial do livro

Narrativa

O livro é narrado em terceira pessoa, ou seja, temos o panorama todo do ambiente e dos habitantes inusitados de Salina, uma cidade bem pequena em Utah, com cerca de 3 mil habitantes. A escolha da cidade bem como falar sobre os mórmons foi o ponto chave da trama parecer tão incrível e ao mesmo tempo tão conflituosa. Confesso que nunca li nada do gênero, só vi documentários e filmes que abordavam o assunto, foi interessante uma perspectiva nova sobre o assunto. Religião algo que querendo ou não, é levado muito a sério e com muito rigor, principalmente, em pequenas comunidades.

O fanatismo é bem presente na trama e o conflito de Claire com a religião também explorado. Lidar com o passado nunca é fácil, imagina pra alguém que passou por tanta coisa e mesmo assim, criou coragem para tomar atitudes? Admirável, não? Em alguns momentos senti que a narrativa seria melhor aproveitada em primeira pessoa, mas no final, mudei de opinião e acredito que tomaram a melhor decisão. O final pode não agradar a todos, mas me surpreendeu bastante.

O livro tem uma característica muito curiosa e que talvez o grande público não note, mas o livro é praticamente roteirizado. Em alguns momentos tive a sensação de ter origem, justamente num roteiro de filme.

Diagramação / capa

Gostei muito da simplicidade da capa e a diagramação simples. A leitura foi bastante facilitada pelo espaçamento e pelo bom uso da fonte. Não foram encontrados erros que comprometam a leitura como um todo, ou seja, uma boa revisão.

Considerações finais

Blasfêmia, foi uma surpresa tão grande. Fico feliz que a Leya tenha acreditado no projeto e levado a diante. Pathy e Maria Carolina tem uma harmonia muito grande na escrita, escrever “junto” pode ser uma tarefa mais do que conflitante. Fizeram um trabalho excelente e provaram que no Brasil ainda tem muitos escritores para trilhar caminhos grandiosos. Espero que continuem trabalhando juntas e que possam trazer aos leitores mais livros do gênero, algo que é tão difícil, são pouquíssimas escritoras chegarem a ele, principalmente aqui. Está pronto para se aventurar nesse livro? LeYa! *trocadilho infame, não consegui postar sem essa…*

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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1 Comentário

  1. Que bacana ler uma resenha dessas no primeiro livro! Amamos Amy, você tocou em pontos que eram nossa intenção despertar 😉

  2. Muito bacana essas meninas escreverem sobre um tema bem diferente. Eu não tenho muito interessa nesse tipo de história, tu sabe que morro de medo. rsrs

  3. Nao costumo ler livros com esse genero, mas me interessei. Vou dar uma procurada nas livrarias haha

  4. Nossa Só Por Sua Resenha Da Pra Perceber Que O Livro É Ótimo,Vou Dar Uma Olhada Nas Livrarias Aqui Na Minha Cidade 🙂

  5. O livro aborda um gênero que não costumo ler, porém achei a estória do livro muito bem construída, com uma trama envolvente, e para quem gosta e uma boa indicação de leitura.

  6. Fiquei super curiosa para ler,gosto muito do gênero,Livros que contenham investigação e fale sobre o passado e dos traumas do protagonista. Gostei por falar sobre religião também que não é um assunto muito explorado em narrativas! Amei a tenha e fiquei com muita vontade de ler! Bjss

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