Eu sou a lenda – Richard Matheson
Introdução
Se você espera um livro muito parecido com o filme estrelado por Will Smith, tire isso da sua cabeça. Eu sei que muitos odeiam o filme, mas de alguma forma, eu gostei bastante. Mas confesso que o livro foi uma experiência totalmente diferente e positiva também.
Em Eu sou a lenda, Robert Neville está um bom tempo sozinho, a trama se passa em 1967 e um cenário de fim de mundo, onde até então ele é o único sobrevivente. Ele não tem companhia, ao não ser pelos vampiros que o perseguem há um bom tempo, principalmente durante à noite. Vemos momentos de pura solidão de Robert, e uma das consequências é a oscilação entre real e imaginário. Ele está consertando a casa dele e sempre se pergunta se há alguém por aí vivendo como ele. Com muitos flashbacks, aos poucos conhecemos Robert e conseguimos desfrutar de uma narrativa criativa e eloquente.
Sobre Richard Matheson
Nascido em Allendale, New Jersey de pais imigrantes noruegueses, Matheson cresceu no Brooklyn e graduou-se na Brooklyn Technical School em 1943. Alistou-se e passou a Segunda Guerra Mundial como soldado de infantaria. Em 1949 obteve seu bacharelado em jornalismo na University of Missouri-Columbia e mudou-se para a California em 1951. Casou-se em 1952 e tem quatro filhos, três dos quais (Chris, Richard Christian, e Ali) são autores de ficção científica e roteiristas.
Edições estrangeiras
Narrativa
A narrativa acontece em terceira pessoa e mesmo que pareça que em primeira a trama ficaria mais densa, mas Matheson prova o contrário. A trama é sólida e ao mesmo tempo bastante questionável. Vale a pena o esforço de tentar se manter vivo durante esse tempo todo? Ser o único sobrevivente pode ser mais difícil do que parece. O foco da trama são os sentimentos e pensamentos de Robert bem como suas ações durante todo esse período difícil. A mescla entre o passado e o presente, se dá de forma bem construída, não tem confusão durante a leitura. Algo que tinha tudo para ser monótono, não é. O que torna Matheson um grande escritor e esse livro, um clássico.
Diagramação e capa
Sabe aquele tipo de edição que deveria servir de exemplo a seguir? Pois essa é a edição de Eu sou a Lenda. Caprichosa, bonita e com conteúdos extras. É tudo que o leitor pode querer. A edição do livro está perfeita.
Considerações finais
Eu sou a lenda, é um livro muito bem escrito e admirado por grandes escritores, prefácio escrito pelo Stephen King ♥. Além do trabalho do autor, temos que reconhecer a edição da Aleph que conta com conteúdos extras, inclusive uma entrevista feita com o autor que aborda tanto as adaptações quanto a narrativa do livro. Vale a pena conferir.
Amy!
Como você, gostei do filme e gostaria de ler o livro para ter um comparativo, já que é indicado pelo King e a edição da Aleph, segundo você, está primorosa.
“A dúvida é o princípio da sabedoria.” (Aristóteles)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
Participe do TOP COMENTARISTA de Janeiro, são 4 livros e 3 ganhadores!
eu adorei o filme, um amigo meu (que ficou de me emprestar o livro e até hoje) disse que o livro é mil vezes melhor (novidade…)
mas, o filme tem dois pontos positivos o will smith que tá tudo de bom e o cachorro (q eu esqueci o nome)
então é uma edição de luxo? prefácio do king!! olha que chique =)
Oi!
Sempre quis assistir o filme Eu sou a lenda com Will Smith mas acabou que nunca assistir, achei a historia do livro bem interessante e angustiante parece ser um livro bem psicológico e adorei esse cenário ainda mais sendo passado em 1967 !!