Sal – Leticia Wierzchowski
Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580573817
Ano: 2013
Páginas: 240
Um farol enlouquecido deixa desamparados os homens do mar que circulam em torno da pequena e isolada ilha de La Duiva. Sob sua luz vacilante, a matriarca da família Godoy reconstitui as cicatrizes do passado. Em sua interminável tapeçaria, Cecília entrelaça as sinas de Ivan, seu marido, e de seus filhos ausentes, elegendo uma cor para cada um. Com uma linguagem poética, a premiada escritora gaúcha Leticia Wierzchowski, autora de A casa das sete mulheres, dá voz e vida a cada um dos integrantes da família Godoy, criando uma história delicada e surpreendente, enriquecida por múltiplos e divergentes pontos de vista.
Introdução
Aguardei bastante a oportunidade de ler um livro da autora. Confesso que já tive muita vontade de ler o seu outro título pelo qual ganhou fama, “A Casa das Sete Mulheres”. Porém, Sal veio primeiro a minhas mãos. Confesso que foi uma surpresa bem grande. O livro é maduro, forte, criativo e muito bem elaborado. Letícia faz uma teia de situações, relatos e personagens muito convincentes.
Narrativa
Letícia conseguiu me ganhar exatamente pela narrativa. Em alguns momentos lembrei das palavras de Chico Buarque em um de seus romances. É louvável quando se acha um autor que tem profundo conhecimento e sabe exatamente quais palavras usar. É como se fosse um quebra cabeças. Adoro a mistura poética e a utilização de metalinguagem durante a trama. Não é um livro direto, ele vai passando por várias vozes. Não há uma só. Há personagens o quais vai adorar e outros que não vai gostar nem um pouco. Mas é uma narrativa democrática, ou seja, para todos os gostos (tirando os que esperam uma trama cortadinha e mastigadinha, só falta engolir). Flora ganhou meu coração, é uma das personagens mais importantes e criativas da trama.
Quote Favorito
“Escrever é uma espécie de poder sobrenatural. Como ver os mortos ou fazer levitar móveis da sala. Tenho pensado muito nisso. Tenho pensado nisso depois de que as coisas começaram a acontecer fora do meu livro do mesmo modo que ocorriam lá dentro.” – 17
Considerações Finais
Como não li os seus livros anteriores, não posso fazer um paralelo e nem criar alguma característica presente nos livros da autora (sua assinatura). Porém, é um livro extremamente prazeroso de ler. É um livro que a Intrínseca apostou e ela costuma acertar bastante nos lançamentos brasileiros. Uma história bonita, com personagens cativantes (no geral) e uma narrativa que contém uma poética que dá o deleite aos mais criteriosos. Um farol, uma família e muitas histórias e situações vivenciadas naquele ambiente que por si só já é bem poético.
me pareceu um livro intenso mas melancólico. também não conheço a escrita da autora, mas achei interessante, gostei de ver que os persoangens tem uma personalidade própria e que podem ser cativantes dependendo do ponto de vista. rs não seria um livro que eu largaria tudo para ler agora, mas procurarei ler.
é bem intenso viu Ana? Demora bastante pra pegar o ritmo pra quem não está acostumado. Sim sim, acho que cada leitor se afeiçoa a um personagem *-*
Leia sim e depois me conte o que achou o/
Ah! Que bom poder ler uma resenha desse livro (e tá ótima!, parabéns!) eu tô tão ansiosa pra lê-lo… Espero conseguir ler logo, mas terei que fazer uma leitura besta antes de mergulhar num livro assim, HAHA. Eu não li “A Casa das Sete Mulheres”, mas li “Neptuno” e eu acabei gostando bastante!
Enfim, boa semana!
Obrigada Juliene. Fico feliz que tenha gostado da resenha. Já leu o prólogo que a editora deixou para conhecerem os personagens de Sal?
Vale a pena conferir.
Beijo e uma ótima semana!