A Vida como ela era – Susan Beth Pfeffer

Introdução
Em A vida como ela era, Tudo na vida de Miranda era comum para uma adolescente, até que uma colisão entre a lua e um meteoro, causa um grande dano e ocorreram várias mortes e fenômenos naturais que deixaram a terra devastada. Agora, o diário de Miranda mudou completamente, o que era uma vida comum, passou a ser um relato de sobrevivência dia após dia. Os mantimentos e remédios, são valiosos e todos os vizinhos sumiram para esconder o que tinham. Um livro que conta os próximos dez meses da vida de Miranda e de sua família, de quebra, um pouco do caos do mundo em que ela está vivenciando.
Sobre Susan Beth Pfeffer/https://skoob.s3.amazonaws.com/autores/8275/82751356355371G.jpg)
Nasceu em Nova York em 1948. Ela cresceu na cidade e seus subúrbios próximos e passava os verões nas montanhas de Catskill. Quando ela tinha seis anos seu pai escreveu e publicou um livro sobre direito constitucional, e Pfeffer decidiu que ela também queria ser uma escritora. Naquele ano, ela escreveu sua primeira história, sobre o amor entre um cookie e um par de tesouras. No entanto, foi apenas em 1970 que o seu primeiro livro, Just Morgan, foi publicado. Ela escreveu durante seu último semestre na Universidade de Nova York, e desde então, ela tem sido escritora em tempo integral para os jovens.
Ela já ganhou inúmeros prêmios e citações por seu trabalho, que vão desde livros ilustrados para novelas, e incluem tanto ficção contemporânea e histórica. Ela é também é a autora dos retratos populares da série Little Women para as classes 3-6, e escreveu um livro para adultos sobre como escrever para crianças.
Edições estrangeiras
Narrativa
A narrativa é dividida em estações do ano, algo que gosto bastante, pois o apelo visual é bastante claro. A autora não deixou detalhes escaparem e conseguiu uma narrativa rica em detalhes, mesmo que sendo feita na perspectiva da personagem adolescente. A morte é um personagem a parte, em meio ao caos e a escassez, claro que apareceria bastante. Viver no limite e ter a incerteza do amanhã, é algo bem difícil de lidar. Principalmente, em tão tenra idade, como a nossa protagonista. A pressão psicológica é evidente e presente em toda a narrativa, algo que me encantou bastante durante a leitura. Fiquei apaixonada pelos personagens, em especial a mãe de Miranda, guerreira, bem parecida com alguém que admiro bastante (minha mãe). Os irmãos também são bem presentes durante toda a narrativa. Todos se ajudando como podem diante dos tempos difíceis e incertos. A religião também explorada durante a trama. De modo geral, a autora consegue propor questões pesadas de um jeito brando e ao mesmo tempo instigante.
Projeto gráfico
Embora não tenha ido muito com a cara da capa do livro, gostei bastante do livro em si . Tinha curiosidade de ler livros da autora e acho que foi um bom começo. A diagramação do livro é bastante confortável e contribuiu para uma bola leitura. No geral, esperava um pouco mais do projeto gráfico, já que a editora costuma caprichar bastante. Porém, vi que conseguiram dar uma harmonia bacana para a sequência. Portanto, dos males o menor.
Considerações finais
A Vida como ela era, é um livro cheio de surpresas boas. Fui com expectativas baixas e acabei me surpreendendo bastante com tudo o que encontrei. Bons personagens, narrativa fechadinha (embora deixe algumas lacunas, é o primeiro de uma série) e uma sensação boa de ler lido algo bacana assim que fechei o livro.