Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa – Carol Rifka Brunt
Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581633923
Ano: 2014
Páginas: 464
Tradutor: Bárbara Menezes
1987. Só existe uma pessoa no mundo inteiro que compreende June Elbus, de 14 anos. Essa pessoa é o seu tio, o renomado pintor Finn Weiss. Tímida na escola, vivendo uma relação distante com a irmã mais velha, June só se sente “ela mesma” na companhia de Finn; ele é seu padrinho, seu confidente e seu melhor amigo. Quando o tio morre precocemente de uma doença sobre a qual a mãe de June prefere não falar, o mundo da garota desaba. Porém, a morte de Finn traz uma surpresa para a vida de June – alguém que a ajudará a curar a sua dor e a reavaliar o que ela pensa saber sobre Finn, sobre sua família e sobre si mesma. No funeral, June observa um homem desconhecido que não tem coragem de se juntar aos familiares de Finn. Dias depois, ela recebe um pacote pelo correio. Dentro dele há um lindo bule que pertenceu a seu tio e um bilhete de Toby, o homem que apareceu no funeral, pedindo uma oportunidade para encontrá-la. À medida que os dois se aproximam, June descobre que não é a única que tem saudades de Finn. Se ela conseguir confiar realmente no inesperado novo amigo, ele poderá se tornar a pessoa mais importante do mundo para June. “Diga Aos Lobos Que Estou Em Casa” é uma história sensível que fala de amadurecimento, perda do amor e reencontro, um retrato inesquecível sobre a maneira como a compaixão pode nos reconstruir.
Introdução
Diga aos Lobos que estou em Casa é um livro que se tornou uma grande surpresa durante a leitura. Não conhecia a autora e através dele, espero que surjam tão boas histórias como essa. Ela realmente tem uma sensibilidade na escrita, muito palpável.
O livro tem June Elbus como protagonista, se passa em 1987, quando ela tem 14 anos e sofre uma grande perda, Finn, seu tio, melhor amigo e porto seguro. Finn era a única pessoa que a compreendia. No funeral de Finn, June recebe uma visita inesperada, um estranho que diz que conhecia seu tio. O encontro dos dois é o que permeia essa narrativa.
Narrativa
Diga aos lobos… é um livro muito descritivo, detalhista e bem organizado em sua narrativa. Não há lacunas ou ponto soltos. A autora mantêm uma linha de raciocínio única. O desenvolvimento dos personagens ganha força quando temos tantos detalhes. Tanto June, quando Finn e quanto o estranho que entra em contato com ela e que algum tempo depois descobrimos que se chama Toby.
Finn era um pintor, gostava de chá e era o porto seguro de June. Infelizmente Finn tinha AIDS e foi o motivo que o matou.
June, é uma garota especial, bastante solitária e um pouco incompreendida, não é daquelas protagonistas que ganham destaque ou popularidade.
Toby na visão de June, é um pedaço de Finn na terra. A amizade dos dois vai se desenvolvendo meio que aos trancos e barrancos, mas ela sente que é parte de Finn e sente isso constantemente, embora isso gere muitas perguntas na sua cabeça, afinal, ele nunca havia falado desse homem e nem sabia de sua existência.
Diagramação
Sem dúvida, uma das capas mais bonitas da editora. Ilustração, cor, composição em perfeita sincronia com a história. A diagramação interna está bem agradável aos olhos.
Considerações Finais
Diga aos lobos que estou em casa é um livro que tem como temáticas, o amor, a perda, amizade, sentimento te impotência, descobertas e saber dividir. June cresce ao longo da trama e ganha destaque por suas atitudes. Um livro totalmente inesquecível.
Vou mantê-lo na estante. Não leria exatamente agora, mas acho que se eu pegá-lo no momento correto pra mim, vai acabar sendo uma ótima leitura.
Beijos.