Resenhas

It – Stephen King

A Coisa

ISBN-13: 9788560280940
ISBN-10: 8560280944
Ano: 2014 / Páginas: 1102
Idioma: português
Editora: Suma de Letras

Nesse romance o mestre do terror nos leva de volta ao tempo em que acreditávamos mais em nossa imaginação, em nossos sonhos e também em nossos pesadelos…

Junho de 1958. Derry, pacata cidadezinha do Maine. Início das férias de verão. Para Bill, Richie, Eddie, Stan, Beverly, Mike e Ben, sete adolescentes que, pouco a pouco, se tornam amigos inseparáveis, este será um verão inesquecível. Um tempo em que vão descobrir o doce sabor da amizade, do amor, da união. época em que vão provar o gosto amargo da perda, do medo, da dor. Este será um ano inesquecível. Terrivelmente inesquecível. O ano em que vão conhecer a Coisa, a força estranha e maligna que vem deixando um rastro de sangue na calma Derry. O ser sobrenatural que apresenta um apetite especial por inocentes crianças.

Maio de 1985. O tempo passou deixando suas marcas em cada um deles. Já não são mais crianças. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir novamente suas forças. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. Apenas eles podem vencer o poder maléfico da Coisa.

Introdução

Em It,  1958, sete adolescentes se tornam amigos inseparáveis. No meio disso, a Coisa chega a pequena e pacata cidade chamada Derry. Com essa criatura, várias crianças são mortas. Anos mais tarde, os sete voltam a Derry com o objetivo de deter a Coisa.

Esse livro em específico sempre foi um medo constante, sim. Após assistir ao filme há muitos anos atrás, a coulrofobia dominou meu ser. Acredito que muitas crianças e adolescentes na época ficaram impressionados com Penny (Parcimonioso, o nome dele em português). Hoje, meu nível de medo foi se dissipando, mas ainda encontro um pouco de resistência a estar no mesmo ambiente com alguém vestido de palhaço. Quem nunca? Adoro o Penny, mas bemmmmm longe de mim. Fique no Maine.

sees animated GIF

Sobre Stephen Edwin King

Stephen King era um leitor fanático dos quadrinhos EC’s horror comics incluindo Tales from the crypt, que estimulou seu amor pelo terror. Na escola, ele escrevia histórias baseadas nos filmes que assistia e as copiava com a ajuda de seu irmão David. King as vendia aos amigos, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar.

De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do Maine em Orono, onde ele escrevia uma coluna intitulada “King’s Garbage Truck” para o jornal estudantil, o Maine Campus. Ele conheceu Tabitha Spruce lá e se casaram em 1971. O período que passou no campus influenciou muito em suas histórias, e os trabalhos que ele aceitava para poder pagar pelos seus estudos inspiraram histórias como “The Mangler” e o romance “Roadwork” (como Richard Bachman).

Site oficial

Edições estrangeiras

830502 18342 10576 1131777 7283114 20324728 23654951

Narrativa/Personagens

Se tem um ponto a discutir sobre a narrativa, é o fato de que se não prestar atenção aos detalhes, provavelmente abandonará a leitura. Sim, é um livro que exige paciência, sangue frio e mais uma dose cavalar de paciência. São inúmeros detalhes, idas e vindas, onde o passado e o presente são importantíssimos. O fato de ser um livro extenso, pode causar um pouco de medo, mas garanto, cada página tem seu significado para construção do todo. Não tem enrolação, o timing da narrativa é o suficiente para uma boa compreensão dos fatos. A evolução dos personsagens é um dos pontos altos. Vemos a influência da terrível infância dos personagens e como mudaram em frente a isso, cada um a sua maneira. São 7 personagens que divergem bastante, ou seja, King sempre tem bons argumentos e uma folha não cai, sem que não haja um motivo para tal.

A coisa, ou melhor, o Parcimonioso, é um personagem que carrega todos os medos possíveis. Seus diálogos são assustadores e completamente insanos. A cada fala, me causava um arrepio. É sério, eu não me assusto com facilidade, mas esse personagem, sem dúvida, está entre os mais assustadores do todos os tempos. No meu caso, só perde para o Freddy Krueger (só de citá-lo, sei que não dormirei bem essa noite).

Diagramação/Capa

O trabalho da Suma nessa edição, foi impecável. Em uma outra oportunidade, havia folheado a outra edição e simplesmente, a mudança é notável. Tanto na escrita, como na escolha do papel e o tamanho da fonte. A capa ficou melhor, ainda não é a minha favorita, mas melhorou bastante. É bom ver como a editora se preocupa com os leitores do mestre, afinal, ele é bestseller internacional e tem fãs muito exigentes por aqui.

Considerações Finais

It é um livro que vai mexer com seu interior da forma mais maluca possível. A grandiosidade de King foi em conseguir criar uma trama tão universal ao ponto de instaurar e instigar o leitor a vivenciar uma das experiências mais complicadas no ser humano. O ato de sentir medo.

Se tem duas dicas que eu posso compartilhar com vocês são essas que vem logo a seguir:

1. Não se apegue aos personagens.
2. Não crie expectativas, pois todas elas vão te levar a loucura.

Eu ainda não entendo, como há leitores que evitam ler os livros do autor, pois ele é quase uma leitura obrigatória visando o gênero atualmente. Li uma vez, lerei outra. Não sei quando, mas lerei. Serei curta e grossa: vale cada página virada.

Qual a sua reação?

Entusiasmado
0
Feliz
0
Apaixonado
0
Em dúvida
0
HAHA
0
Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

Você também pode gostar

Mais em:Resenhas

1 Comentário

  1. acho que nunca vi tu dá uma nota 10 em alguma resenha! rs mais pelo que li o lirvo é bom mesmo, ainda nao li nada de Stephen King e só ouço elogios a seu respeito, pela capa ja da pra imaginar o quao bom o livro é, o que me assustou um pouco foi o numero de paginas! nunca li um livro tao grande assim. colocarei ele na minha lista de desejados, obrigada pela resenha, gostei muito. 🙂

  2. eu nunca te vi dá nota 10 para um livro, confesso que eu ando um pouco (muito) atrás das leituras dos livros do King, sempre fico de ler e depois por algum motivo eu não leio, eu só li um livro dele, apesar de adorar as histórias (os filmes são clássicos).
    adorei “mais uma dose cavalar de paciência” a gente já vai ler avisado, né? mas, acho que como eu ando com o pavio curto (eu tô conseguindo me irritar e abandonar livros com uma facilidade que até eu tô assustada) acho que vou esperar um pouco antes de começar a ler….

  3. Eu amo os livros do King e do filho dele, o Joe. Eles tem uma capacidade incrível de prender o leitor até a última página e cada medo vale muito a pena. Tô morrendo de vontade de ler esse, tô só esperando encontrar alguma promoção, porque pelo preço que já vi ainda não deu no meu orçamento. Amei a resenha e a nota que você deu.
    Beijos.

  4. Oi Amy!
    Eu também não entendo porque tanta gente tem preconceito com o SK. Acho que vem da alcunha “mestre do terror”. Claro que em “It” estamos falando justamente disso, mas ele tem muitos livros que passam longe do terror, até longe do suspense (tipo “Rita Hayworth e a redenção de Shawshank” e “O Corpo” – essa última é uma das minhas histórias favoritas do autor)
    Quanto a “It”, eu sou uma dessas que tem medo do tamanho do livro. Livros grandes me dão agonia porque detesto ficar muitos dias em uma mesma leitura. Confesso também que a história (mesmo sendo um dos maiores clássicos do autor) nunca me interessou muito.
    Mas independente de medo, palhaços (eu também não gosto dessas criaturas, rsrs) e milhares de páginas, sei que se tem algo que o SK sabe fazer melhor do que ninguém é desenvolvimento de personagens e pelo jeito você encontrou muito disso em “It” (adorei as duas dicas no final)
    Beijos,
    alemdacontracapa.blogspot.com

Os comentários estão fechados.