Resenhas

Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose – Stephen Rebello

Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose – Stephen Rebello

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Edição: 1
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580572865
Ano: 2013
Páginas: 256

Psicose, de 1960, entrou para a história do cinema como uma das obras mais importantes do mestre do suspense Alfred Hitchcock. No livro, o jornalista e roteirista Stephen Rebello desvenda os bastidores da produção considerada pelo American Film Institute o melhor thriller de todos os tempos, conta a impressionante história real que inspirou o filme e revela a decisão do cineasta, após a recusa do projeto pela Paramount, de bancar ele próprio as filmagens, atraindo estrelas famosas por uma fração do cachê habitual, marca de sua obstinação artística e determinação. Leitura obrigatória para todos os amantes do cinema, Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose será publicada em 25 de janeiro e inspirou Hitchcock, filme de Sacha Gervasi protagonizado por Anthony Hopkins e Helen Mirren — que acaba de ser indicada ao Globo de Ouro e ao SAG Awards por sua atuação como Alma, esposa do famoso diretor. Com previsão para estreia nacional em 8 de fevereiro e distribuição da Fox, a produção ainda tem Scarlett Johansson como Janet Leigh, a estrela da célebre cena do chuveiro.

proibido

Introdução

Esse livro foi um dos lançamentos da Intrínseca que mais me chamou atenção em janeiro. Felizmente a minha sócia foi uma alma bondosa e me presenteou com ele no meu aniversário ♥.

Hitchcock é um diretor que apreciei desde o início da minha formação. Ao longo do faculdade acabei assistindo todos os filmes do diretor. Saber um pouquinho mais sobre o set e a personalidade de Hitchcock sempre é bom. Mesmo que na época em que fez o filme não tinha tantos aparatos tecnológicos que existem hoje, o cara conseguia colocar coisas na tela a qual poucos cineastas na época conseguiam. De uma inteligência e ironia brilhantes, não tem como não se encantar pelo diretor. Respeitadíssimo entre a equipe, era um cara sério, mas que ganhava a atenção e o respeito de todos em pouco tempo. Pelos relatos fica fácil dizer que ele era um diretor de fácil convivência. O livro relata detalhadamente vários momentos da produção: a pré produção / produção e a pós produção além de saber a repercussão do filme na época.

Narrativa

A narrativa de Stephen Rebello é bastante detalhista, o que ajuda bastante a se ambientar. É como um passeio pelo set sem estar lá de fato. Como dito anteriormente, o livro passa por todos os processos de criação de um filme. Desde a escolha do roteiro, informações sobre o estúdio, sobre a equipe que participou do filme, o elenco e a escolha de casting, figurino, maquiagem, cenas que foram refeitas e a trilha sonora. A censura da qual Hitchcock teve de batalhar, as primeiras exibições do filme, a não aceitação por parte da crítica da época e a polêmica de Hitchcock e o Oscar. Tudo é esmiuçado de forma tão prazeirosa que mesmo não se tratando de um livro de ficção a apreensão da curiosidade do leitor é praticamente inevitável.

É impossível não falar de Hitchcock quando se fala sobre um filme do mesmo. É como se o filme fosse a personificação de Hitchcock, além da presença dele em quase todos os filmes. Há uma lenda que muita gente na época ia ver o filme dele e passava o filme todo o procurando nas cenas, esqueciam até da trama em si.

O montador de Hitchcock “costumava dizer que Hitchcock se preparava tão bem que sobrava muito pouco filme para cortar.”

Confesso que o meu filme favorito de Hitch não é Psicose. O filme do diretor que mais gostei foi o Disque M para Matar (O primeiro filme que o diretor trabalha com a atriz Grace Kelly ♥) e depois vem o outro clássico do diretor, Os Pássaros (um filme inovador na questão de feitos sonoros como de efeitos especiais). E depois vem o Psicose.

Hoje é o dia da premiação do Oscar, porém Hitchcock foi indicado 5 vezes a melhor diretor, não vencendo em nenhuma delas.

Quote Favorito

“Hitchcock vinha e assistia a uma montagem bruta de um rolo com cerca de dez minutos de filme numa sala ‘Pare e Siga’ [equipada com um projetor capaz de parar a imagem em qualquer quadro e também voltar ou adiantar a exibição]. Depois que as luzes se acendiam, ele ficava de pé na frente da tela e nos dirigia a palavra como se fosse o professor e nós os alunos. Dizia ‘senhores, essas são as coisas de que eu gostei e não gostei’ e explicava exatamente o que queria. Então sentávamos de novo e projetávamos o filme para trás e para frente, o que levava cerca de uma hora e meia. E ele dizia ‘Ok, vamos fazer as mudanças’ e ia para casa.” – pág  151

Considerações Finais

É um livro pra quem ama cinema, respira cinema e gosta dos filmes de Hitchcock. É impossível falar de cinema sem citá-lo. Ele foi um dos visionários, dos colaboradores e um dos grandes motivadores de muitas gerações. Além do que no finalzinho do livro, há uma citação de Stephen King sobre o diretor ♥. É um livro pra se entender além de um bom filme que feito a um valor bastante razoável e baixo para os padrões atuais. Um dos filmes que tem uma cena que é citada em vários outros filmes. Um filme que teve remake mas não tirou o brilho do primeiro, pelo contrário, fez com que o primeiro fosse visto por outra geração.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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