Resenhas

Flores do Mal – Charles Baudelaire

 
 

Editora: Martin Claret
ISBN: 9788572328425
Ano: 2012
Páginas: 256
Tradutor: Mário Laranjeira

O poeta crítico francês Baudelaire inventou uma nova estratégia da linguagem, incorporando a matéria da realidade grotesca à linguagem sublimada do romantismo, criando, dessa maneira, a poesia moderna. Sua obra-prima é o livro As Flores do Mal, cujos poemas mais antigos datam de 1841. Além de celeuma judicial, o livro despertou hostilidades na imprensa e foi julgado, na época, imoral.

proibido

Introdução

Sei que poesia não é muito popular neste século. Infelizmente a poesia nem sempre agrada pelo fato de muitos não entenderem e não interpretá-la. O mais incrível de se ler poesia é que quando se lê se constroi um novo pensamento. Embora sejam métricas, quantidades limitadas de versos. Elas contém muita informação e te levam a outros caminhos. Uma pena quando vejo que existem seres que não gostam. Pois é uma das artes mais difíceis de serem criadas. O meu contato com o autor foi feito através da faculdade, numa matéria que eu não era lá muito fã. Mas confesso que ela me permitiu conhecer ótimos autores que ficaram como favoritos em minha estante, entre eles Charles Baudelaire e Bertolt Brecht.

Narrativa

A narrativa de Baudelaire é um tanto quanto complexa, pois através dos versos ele utiliza de recursos o livro é originialmente subdivido em 5 partes e a minha favorita é Tableux parisien, pelo fato de retratar a Paris daquela época, a evolução, as multidões e a cidade física.

Flores do Mal está entre meus livros favoritos, pois é um marco na literatura simbolista moderna. O livro contém uma musicalidade e ao ler dá uma fascinação pelo que é sentido. Acabou sendo um grande refúgio quando as coisas não iam muito bem pra mim. Baudelaire é minha cura.

Momento Macchiato

Meu destino, delícia doravante,
Eu seguirei como um predestinado;
Dócil mártir, sem culpa condenado,
Cujo fervor atiça o suplicante,

Pra afogar meu rancor se sorverão
O nepente e a eficaz cicuta
Às bordas lindas dessa gorja aguda
Que nunca aprisinou um coração. – pág188 – IV – O Letes

Considerações Finais

A edição da Martin conta com um plus, ou seja os poemas que foram censurados anteriormente. Ter contato com esses poemas me permitiu a volta das reflexões que são bastante tratadas pelo autor. Um presente para os amantes de poesia. Conta com uma excelente introdução feita pelo tradutor dessa edição, Mário Laranjeira. Que resume um pouco da obra e vida do autor.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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1 Comentário

  1. Muito boa a resenha, porem não curto ler livros, acho interessante que ler, queria ter muito essa força de vontade e paciência. 🙂

  2. Oi linda amei o seu blog e a maneira que tu costuma escrever as resenhas! Amei o texto parabéns! *-*
    Mil Beijos!
    http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com.br/

  3. Oi linda amei o seu blog e a sua resenha! Parabéns!
    Mil Beijos!
    http://pensamentosdeumageminiana.blogspot.com.br/

  4. Eu queria estar com tempo para poder ler .-. mas tem tanto livro já pra faculdade que to ate com depressão. Enfim a resenha ficou otima, :*

  5. Amei seu blog, não conhecia. Sabe, eu não sou fã de poesias. Mas pelo que vc coloca aqui até que dá vontade de ler esse livro!
    Beijos
    adriana

  6. Então, tenho o mesmo problema que você descreveu: não consigo entender poesia. Acho lindo, os versos, as rimas, tudo lindo, mas não consigo entender a história, a essência por trás das palavras. Queria poder conseguir entender, porque adorei o fato de uma parte do livro falar sobre Paris (lugar que não conheço, mas pelo qual sou apaixonada). Preciso de cursinho pra entender poesia? Hahahah.
    Beijos.

  7. Realmente, muita gente não consegue compreender a poesia. Para mim é uma das melhores formas de expressão que existem.
    Gostei desse livro. Não o conhecia. Excelente indicação!
    Um beijo,
    Luara – Estante Vertical

  8. Ah poesias. Não tenho muio problema em entendelas mas preciso realmente de tempo e estar com vontade de ler.
    Lembrei de ter lido já. Se não me engano peguei na Biblioteca pública uma edição bem antiga.
    Me deu vontade de ler de novo (:
    Pausa Para um Café – Resenha de Livros

  9. Confesso que não sou muito fã de poemas, mas acho uma arte incrível. Às vezes leio, e digo que é um exercício maravilhoso para nossa imaginação.
    Você citou o Brecht na sua resenha, ele realmente é fora de série. Não conheço muito as poesias, mas conheço uma boa parte de suas peças, e as acho muito boas.
    @_Dom_Dom

  10. Sinceramente não gosto de livros de poesia, apesar de ter algumas poesias que eu ame de paixão… mas sei lá, não consigo parar pra ler um livro desses…

  11. eu li esse livro a muito tempo pra escola, lembro que gostei.
    amei a resenha.
    tá de parabéns

  12. sinceramente eu nao gostei …

  13. Que máximo, Amy! Conhecia o Baudelaire por alguns trechos de poemas – nada muito aprofundado – por isto sua resenha me encantou. Sou uma amante de poesias, e fiquei com imenso desejo em ler este livro. Beijos.

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