Resenhas

Novembro de 63 – Stephen King

Novembro de 63


ISBN-13: 9788539005277
ISBN-10: 8539005271
Ano: 2013 / Páginas: 727
Idioma: português
Editora: Suma de Letras
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A vida pode mudar num instante, e dar uma guinada extraordinária. É o que acontece com Jake Epping, um professor de inglês de uma cidade do Maine. Enquanto corrigia as redações dos seus alunos do supletivo, Jake se depara com um texto brutal e fascinante, escrito pelo faxineiro Harry Dunning. Cinquenta anos atrás, Harry sobreviveu à noite em que seu pai massacrou toda a família com uma marreta. Jake fica em choque… mas um segredo ainda mais bizarro surge quando Al, dono da lanchonete da cidade, recruta Jake para assumir a missão que se tornou sua obsessão: deter o assassinato de John Kennedy. Al mostra a Jake como isso pode ser possível: entrando por um portal na despensa da lanchonete, assim chegando ao ano de 1958, o tempo de Eisenhower e Elvis, carrões vermelhos, meias soquete e fumaça de cigarro.

Após interferir no massacre da família Dunning, Jake inicia uma nova vida na calorosa cidadezinha de Jodie, no Texas. Mas todas as curvas dessa estrada levam ao solitário e problemático Lee Harvey Oswald. O curso da história está prestes a ser desviado… com consequências imprevisíveis.

Introdução

É difícil falar de uma leitura que me agradou e me encheu o peito de alegria. Adorar um escritor que merece todo o reconhecimento pelo que faz. King, mais uma vez, não me decepcionou e promoveu boas horas de leitura sem que eu ficasse entediada. O que é um caso raro, quando se lê muito e já está acostumada a quase tudo.

Em Novembro de 63, Jacob Epping (Jake), é um homem de 35 anos, divorciado e professor de inglês. Ele vive em Libon Falls, advinha? no Maine ♥ (ALL THE BAD THINGS HAPPENS IN MAINE). Ele trabalha numa escola de e enquanto corrige redações, ouve a história de Harry Dunning, o zelador. Quando ele era criança, seu pai tirou a vida dos irmãos e de sua mãe. Conta que quase também foi morto.

Al Templeton é dono de uma lanchonete e Jake adora ir lá, embora a maioria desconfie dos preços baixos e por consequência, da qualidade de seus sandubas. Al e Jake se tornaram amigos, quando Al chama Jake para uma conversa, ele descobre a existência de um portal na lanchonete que sempre o leva para 1958. Al está morrendo e pede ajuda a Jake, pedindo para o mesmo impedir o assassinato do presidente Kennedy.

Insano? isso não é nem o começo. Escrever essa resenha talvez seja a mais maluca que farei aqui para o blog.

Sobre Stephen Edwin King

Stephen King era um leitor fanático dos quadrinhos EC’s horror comics incluindo Tales from the crypt, que estimulou seu amor pelo terror. Na escola, ele escrevia histórias baseadas nos filmes que assistia e as copiava com a ajuda de seu irmão David. King as vendia aos amigos, mas seus professores desaprovaram e o forçaram a parar.

De 1966 a 1971, Stephen estudou Inglês na Universidade do Maine em Orono, onde ele escrevia uma coluna intitulada “King’s Garbage Truck” para o jornal estudantil, o Maine Campus. Ele conheceu Tabitha Spruce lá e se casaram em 1971. O período que passou no campus influenciou muito em suas histórias, e os trabalhos que ele aceitava para poder pagar pelos seus estudos inspiraram histórias como “The Mangler” e o romance “Roadwork” (como Richard Bachman).

Site oficial

Edições estrangeiras

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Narrativa

O livro é narrado na visão de Jake e não perde por isso, pelo contrário. O personagem se desenvolve bastante ao longo das páginas. No começo, confesso que o achava bem sem graça, mas no desenvolver, noto o quanto King brincou com isso, colocando um personagem que a maioria das pessoas não se interessariam e o tornou um personagem bem complexo e cheio de surpresas. Quando ele passa a viver outra realidade, com o nome de George Amberson, muitas de suas características iniciais muda completamente, é como se ele ganhasse um novo começo de tudo.

O que mais gostei foi a versatilidade com que King trabalhou nessa trama, doses de ficção científica são altas e o mistério por de trás de tudo é convincente. A escolha de Kennedy foi bem feita. Afinal foi um dos presidentes de maior prestígio dos EUA. Teve uma morte trágica e que de certa forma desestruturou o país na época.

São pontos muito bem esmiuçados pelo autor, é uma narrativa com uma carga de mensagens e bons diálogos. King dá conta do recado e a premissa é só começo de tudo. Temos uma história que brinca com vários gêneros e fala tanto sobre política quanto amizade. Há romance e há drama. São múltiplos os sentimentos ao ler. Você passa por todo tipo de sensação enquanto está imerso em sua narrativa. É isso que me encanta com as leituras de seus livros, não se tem um gênero só. Por isso, em muitas das vezes, comento que ele é um gênero e não escreve os parâmetros de um. Ele bebe de referências infinitas, é um leitor ativo e usa o que sabe e o que pesquisa tornando visível muitas delas.

Diagramação/capa

O cuidado da Suma com a edição é notável. A capa é fantástica e a diagramação é confortável. Mesmo sendo um livro de muitas páginas, a leitura foi bem rápida tendo em vista que o li em 2 dias.

Considerações Finais

Novembro de 63 (próximo a Cujo, It, Desespero e Duma Key), está no meu top 5 do King. É diferente, inusitado e uma aula de boa escrita. Personagens mesmo que secundários, funcionam bem e compõem grande parte da trama. Se você já conhece o autor, é leitura obrigatória. Pra quem ainda não conhece, é um convite a entrar da melhor forma no fantástico Maine do King.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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1 Comentário

  1. o autor tem tantos livros que fica até dificil escolher um livro pra ler, já li resenhas mas nao li o livro ainda, a editora fez mesmo um belo trabalho já que a capa é maravilhosa.

  2. Amy!
    Apesar de ser fã do King, não li esse livro ainda e estou com mais curiosidade por saber que fala de viagem no tempo, um tema que me agrada demais. Sempre quero saber como os autores abordam essa passagem no tempo. e claro, saber se o protagonista conseguiu evitar a morte de Kennedy.
    “Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho.”(Mahatma Gandhi)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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  3. ahhhh!
    definitivamente eu tenho que ler os livros do king, confesso que esse não tava na minha lista, mas depois da história da misturada que ele deu de forma. acho que vou começar por ele minha maratona King. (ou então sortear que acho que vai mais rápido…)

  4. Amo o mestre King e ja garanti a minha copia do livro… Infelizmente ainda não tive tempo para ler, mas depois da resenha fiquei com vontade de começar logo e passar ele na frente de alguns q estão aqui. ^^
    Só ouvi elogios a esse livro, principalmente a maneira q ele tratou a viagem no tempo.

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