Resenhas

Skagboys – Irvine Welsh

Skagboys

ISBN: 9788532528858
Ano: 2014 / Páginas: 592
Editora: Rocco

Skagboys encerra a trilogia iniciada por Trainspotting, que rendeu a Irvine Welsh uma posição de destaque na literatura britânica contemporânea, e completada por Pornô, ambos publicados pela Rocco. Escrito quase duas décadas após Trainspotting, o livro situa-se cronologicamente como o primeiro da trilogia, mostrando o início do contato de Mark Renton, Sick Boy e sua turma de amigos com o mundo das drogas pesadas e a influência do contexto social escocês da década de 1970 sobre os personagens. Com tradução de Daniel Pellizzari e Daniel Galera, Skagboys é a melhor porta de entrada para a trilogia que, ao mostrar o pior viés possível do clichê “sexo, drogas e rock’n’roll”, revela como a farra e a diversão também podem ser uma forma de desespero.

proibido

Introdução

Meu primeiro contato foi com o filme Trainspotting. Alguns anos depois, li o livro que leva o mesmo título e algum tempo depois a sequência (Porno). Nessa época, eu nem sonhava em ter um blog. Portanto, não terão as resenhas nesse momento. Porém, pretendo fazer releituras e completar as informações por aqui.

Em Skagboys, é o fim de uma trilogia mas que começa antes do primeiro livro, pois podemos contemplar o contato entre Renton, Sick Boy e os amigos (Spud,Tommy,Matty…) com as drogas. Essa volta e o que culminou no Trainspotting, podemos observar mais os anos 80 na Escócia, ou seja, temos muito da política e economia presente na narrativa. Mas o ponto de vista é sempre da classe operária, ou seja, também, carregado e muito sexo, drogas e rock n’ roll. É um livro que não quebra o frescor da narrativa de Irvine, mas que ajuda a entender como era ser jovem naquela época e como consequência, entender a visão dos mesmos.

Sobre Irvine Welsh

Irvine Welsh (Edimburgo, 27 de setembro de 1958) é um romancista e roteirista escocês, autor do polêmico sucesso Trainspotting, seu primeiro livro, lançado em 1993 que, posteriormente, em 1996, foi transformado em filme pelo diretor Danny Boyle. Em 2002 lançou a seqüência de Trainspotting, Porno.

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Capas pelo mundo

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Narrativa

A narrativa tem diversas temáticas que não falam só sobre assuntos já tocados pelo autor como foi acusado por alguns críticos lá fora. pelo menos para mim, passou despercebido que seja mais do mesmo, pelo contrário, ele explica diversas coisas que em Trainspotting faltava. O desemprego, infestação de AIDS pelo uso da mesma seringa de heroína…ele reforça muito sobre esses assuntos.
Renton e Sick Boy tem destaque na narrativa, mas outros personagens também tem o seu momento, mesmo que curtos. Além, de ter momentos em que a narrativa fica em terceira pessoa. Esse caos na narrativa é intensional e torna a trama muito mais forte e densa por essas escolhas. O choque na descrição das cenas é bastante comum na narrativa do autor. Ou seja, não espere por algo leve. Pelo contrário, é preciso ter estômago e estar preparado para tudo. Pois ele surpreende e muito com seu toque.

Diagramação

O trabalho gráfico está ótimo. A editora no Brasil manteve a capa. A diagramação interna é simples, porém, de fácil leitura. Ou seja, nada o prejudica.

Considerações Finais

Voltar a esse universo e personagens me causou uma total nostalgia, quando li Irvine pela primeira vez, atravessava uma adolescência bastante caótica. Bem diferente do livro, mas a mensagem de Irvine sempre me marcou. Pois tudo na vida é feito a base de escolhas. Você tem a opção, seguir adiante ou experimentar e assumir as consequências desse ato. Para alguns, o tom pode até parecer apologia, porém, depende do tipo de leitura que se faz. Eu sempre levei para o lado bom, algo bem incomum nesse livro.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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