Resenhas

A Filha do Louco – Megan Shepherd

A Filha do Louco

Edição: 1
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581631547
Ano: 2014
Páginas: 416
Tradutor: Ivar Panazzolo 

Juliet Moreau construiu sua vida em Londres trabalhando como arrumadeira – e tentando se esquecer do escândalo que arruinou sua reputação e a de sua mãe, afinal ninguém conseguira provar que seu pai, o Dr. Moreau, fora realmente o autor daquelas sinistras experiências envolvendo seres humanos e animais. De qualquer forma, seu pai e sua mãe estavam mortos agora, portanto, os boatos e as intrigas da sociedade londrina não poderiam mais afetá- la… Mas, então, ela descobre que o Dr. Moreau continua vivo, exilado em uma remota ilha tropical e, provavelmente, fazendo suas trágicas experiências. Acompanhada por Montgomery, o belo e jovem assistente do cirurgião, e Edward, um enigmático náufrago, Juliet viaja até a ilha para descobrir até onde são verdadeiras as acusações que apontam para sua família.

proibido

Introdução

Minha surpresa maior do ano foi a leitura de A Filha do Louco. Motivo? Eu não esperava nada do livro. A sinopse não tinha me envolvido mas quando comecei a ler, não consegui parar mais. Um dos poucos livros de terror e suspense que a Novo Conceito lançou no ano e valeu por todos os romances que publicaram e deixaram esse gênero maravilhoso de fora.

Em A Filha do Louco, Juliet, uma garota de 16 que é filha de um cirurgião que praticava vivissecação, ele fazia experiências com animais vivos. O pai foi acusado de ser um monstro e alguns anos depois a sua mãe falece. Sozinha, ela totalmente julgada pela sociedade e fazendo o que pode para se sustentar, ela encontra um projeto do pai e fica perturbada. Com isso, ela parte na busca por notícias e ainda acredita que seu pai possa estar vivo. Ela contará com a ajuda de Montgomery, seu amor de infância nessa busca. Inocente ou culpado? Essa é a premissa do livro.

Sobre Megan Shepherd

Megan é filha de livreiros e formou-se em Relações Internacionais. Trabalhou na Costa Rica, Senegal, Escócia e Espanha, entre outros países. Hoje é escritora de livros para jovens adultos em tempo integral.


 

Narrativa

Apesar da pouca idade, Juliet é uma heroína clássica. Com sua tragédia mais do que explicita em palavras. Ela é madura e forçada a viver e buscar pelo acredita. Corajosa e ousada, pois lida com coisas que muitas das quais, mesmo eu sento mais velha, não lidaria. O cenário do livro é macabro, ou seja, leitores de estômago fraco estão descartados. Se há romance dentro desse livro? Há, porém, nem de longe toma ou rouba o foco da narrativa. A autora tem uma linguagem muito apropriada e viciante. Se espera um livro de poucos detalhes, eu te afirmo, ela descreve tudo muito bem e sem ficar cansativo. A leitura desse livro me surpreendeu. Embora seja volumoso, tudo flui muito bem. O livro provavelmente dá sequência a outros livros (mais uma trilogia, Amy?). Mas vale a leitura, pois de certo modo, surpreende bastante.

Diagramação

A capa já denota o clima diferente que permeia o livro. O macabro está em questão a todo momento. Há detalhes em todas as páginas, um ornamento que fica ao lado de cada número de página. A cada novo capítulo também há um ornamento que separa os capítulos.

Considerações Finais

Recomendado aos leitores de estômago forte e que estejam dispostos a lidar com cenas e situações pra lá de bizarras. A Filha do Louco é um livro intenso e muito bem escrito. Mal posso esperar para ler outro livro da autora.

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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