Critica - Duna | Um épico lindo e emocionante
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Critica – Duna | Um épico lindo e emocionante

A nova adaptação de Duna, filme baseado no livro de ficção científica escrito por Frank Herbert, chegou aos cinemas na última semana após alguns adiamentos por conta da pandemia. 

A saber, o livro já teve uma adaptação nos anos 80 comandada por David Lynch, porém é um filme não muito bem lembrado pelos fãs. Chegando a ser chamado de desastre pela maioria dos adoradores do livro de Herbert.

Com isso, o novo filme dirigido por Denis Villeneuve chega com uma missão um pouco difícil, a responsabilidade de adaptar um dos maiores clássicos da literatura mundial. E ainda apagar da memória o filme anterior, tão rejeitado pelo fandom.

Mas será que o diretor tão aclamado conseguiu realizar bem essa proeza?

O enredo de Duna

Assim, o filme conta a história de Paul Atreides (Timothée Chalamet) é um jovem brilhante, herdeiro de uma dinastia nobre. Tudo muda quando sua família recebe a missão de ir ao planeta mais perigoso do universo para garantir o futuro de seu povo.

Enquanto forças malévolas levam à acirrada disputa pelo controle exclusivo do fornecimento do recurso mais precioso existente no planeta – capaz de liberar o maior potencial da humanidade, apenas aqueles que conseguem vencer seu medo vão sobreviver.

Grandioso, impactante e incompleto.

Duna é de fato um filme grandioso, o longa é grande em escala, é impactante e emocionante, a maioria de suas cenas enchem os olhos com a beleza da cinematografia que Villeneuve usa. Dessa forma, o longa é completamente ambicioso, e o diretor faz questão de destacar isso em cada frame. 

É notório como o diretor apostou tudo no impacto visual, cada planeta, cada singularidade dos ambientes é feito para deixar o público deslumbrado. Afinal, o diretor usa todo o cenário e design daquele universo para tirar o fôlego do espectador.

Contudo, o filme perde muito em questão de ritmo, a decisão do diretor de usar duas horas e meia para contar parte do primeiro livro, é algo que já vimos acontecer no cinema atual, vide O Hobbit.

Um filme contemplativo

Duna é um filme contemplativo, denso e beira ao tedioso, pois o longa demora muito a engatar. O próprio diretor declarou diversas vezes que Duna é um filme para se assistir no cinema, é certo que se você for assistir em casa, irá dar uma escapada para olhar alguma rede social.

Dito isso, o diretor usa a maior parte da duração do seu longa para situar o espectador dentro daquele universo. Uma solução que podemos compreender, porém não deixa de ser um problema, pois mesmo que Duna seja um filme incrível, ainda assim é um filme incompleto.

Como dito, o filme demora a engatar, e quando finalmente o faz, ele termina. Como um coito interrompido. Sinto que se tivessem focado menos em mostrar o futuro em visões, e caminhando logo para chegarmos nele, talvez o saldo tivesse sido um pouco melhor.

Talvez assistindo a segunda parte daqui a alguns anos, não incomode tanto, porque realmente é um filme que necessita do seu futuro. Afinal, toda a construção do longa é para algo que não acontece em tela.

Conclusão

Fico pensando, se fizessem uma temporada de 10 episódios com um bom orçamento não teria sido uma ideia melhor do que uma trilogia de filmes.

Entretanto, Duna está longe de ser um filme ruim, é apenas uma história bem difícil de ser adaptada. Ainda assim, é um dos melhores do ano, com um visual incrível, elenco talentosíssimo e uma trilha sonora surreal. Mesmo com um ritmo lento e contemplativo, Duna é um prato cheio para fãs de ficção-científica e cinema em geral.

Espero que uma sequência seja logo confirmada, pois preciso acompanhar o desenrolar da história de Paul Atreides o quanto antes.

Veja também: RESENHA | Gente Ansiosa – Fredrik Backman

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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