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Crítica: "Olhos que Condenam" (2019)

Depois de várias indicações de amigos e colegas de trabalho, dei uma chance a minissérie de 4 episódios. Sabia que estava prestes a assistir algo que mexeria com meus sentidos, com o meu coração. 

Cinco garotos foram condenados culpados e ficaram de 6 a 14 anos presos, o caso foi chamado de ˜Cinco do Central Park˜, onde foram condenados por estuprar uma corredora chamada Trisha Meili no Central Park. Além de serem inocentes, o que mais choca na trama como um todo é a forma que foram julgados e tratados durante todo o processo. 

Ava DuVernay dirige a série de forma bem crítica ao sistema carcerário estadunidense. Não é seu primeiro trabalho sobre o assunto, ela também dirigiu “A 13ª Emenda” e “Selma”. 

Embora sejam 4 episódios, Ava consegue explorar de forma gradual os acontecimentos que antecedem a condenação. O tema da trama é forte e comovente. É possível ver como a mídia pode ser cruel e como até o atual presidente dos EUA acusam os jovens sem nem terem provas contundentes para isso. A trama possui boas camadas, vemos não só os garotos sofrendo com tudo isso, como suas famílias também lidam com todo os momentos mais duros que a vida lhes proporcionaram. 

A fotografia é detalhista e os tons provocam emoções fortes. A difusão e os planos onde os rostos dos julgados fica em evidência só acrescentam a trama. 

O roteiro é muito bem orquestrado, bons diálogos e discursos são o ponto alto da trama. É impossível não se emocionar com o que acontece com os 5 garotos inocentes que foram julgados culpados e forma erronia. 

É uma minissérie que mexe com nosso coração de forma muito circundante. Embora não seja a minha realidade e nem a de muitos, é possível ter pelo menos de 10% do que esses jovens viveram. Quando dizem que a justiça nos EUA é a melhor do mundo, acho que quem tem esse discurso deve assistir esta trama, pois vai começar a ver que ela também falha. E falha bastante.  

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Aymée Meira
Aymée, mas pode me chamar de Amy. Adora um bom café, filmes (já perdi a conta de quantos vi) e livros dos mais diversos gêneros, incluindo eles Stephen King, Agatha Christie, Joe Hill, Harlan Coben e Tess Gerritsen.

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